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Pontos críticos na administração de condomínios litorâneos

Pontos críticos na administração de condomínios litorâneos

A gestão de condomínios é desafiadora por si só, mas quando falamos de condomínios em cidades litorâneas o desafio é maior ainda; teoricamente não há diferença na forma de gestão dos condomínios de beira mar e dos condomínios de cidades não litorâneas, já que todos estão debaixo da mesma legislação e princípios administrativos, no entanto na prática, a situação muda um pouco, gerir um condomínio no litoral torna-se um desafio, principalmente na alta temporada.

Para ter êxito na gestão destes condomínios, planejamento é a chave juntamente com a previsibilidade de ocorrências que poderão impactar negativamente no bem estar  dos condôminos no período de veraneio, como por exemplo, prever a falta de água, muito comum nesta época, buscando alternativas com fornecedores de caminhões “pipas”, já ajustando acordos com estes prestadores para agilizar o fornecimento de água em casos emergenciais.

Normalmente um condomínio de praia, possui inúmeras áreas de lazer dentro de sua área comum, por exemplo, sauna, piscina, espaço gourmet, cinema, brinquedoteca, academia, churrasqueiras, parquinhos infantis, quadras poliesportivas, e outras tantas, é essencial que estas áreas passem por uma revisão de funcionalidade para poder receber as demandas na época de calor, onde os proprietários partem de suas cidades para as férias no litoral, e esperam desfrutar ao máximo do conforto destas áreas, por isso um bom zelador predial pode fazer a diferença na gestão destes condomínios.

Para o condomínio de praia não virar um caos social, o síndico devera manter a rigidez na observância do regimento interno e nas normas de uso dos equipamentos do condomínio, aplicando quando necessário sansões e penalidades regimentais para manter a ordem e a boa convivência.

Um ponto crítico é circulação de banhistas pelas áreas sociais do condomínio, onde muitas vezes surfistas e pessoas com trajes de banho não respeitam as normas e circulam por locais não apropriados para pessoas molhadas e portando pranchas de surfe, como nos elevadores e halls sociais e portaria. Normalmente o condomínio possui entradas diferenciadas para banhistas, com duchas e “lava pés“ nestas entradas, e o pessoal da portaria devem ficar atentos para orientar e chamar a atenção caso as regras sejam infligidas.

A mão de obra e serviços especializados também encarece muito nesta época, empresas e prestadores se aproveitam das demandas do verão para aumentarem seus preços, técnicos de manutenção de ar condicionados, piscineiros, eletricista e encanadores estão entre os profissionais mais caros e escassos neste  período, por isso a recomendação de executar os serviços destes profissionais na “baixa temporada”.

O zelador é peça fundamental para o funcionamento operacional destes condomínios, porém em muitos residenciais, onde o síndico é proprietário, mas não reside no empreendimento, há uma certa “liberdade” destes profissionais, onde alguns extrapolam os limites de suas funções, e exercem atividades paralelas e ilegais como agenciamento de locações de apartamentos de temporadas e intermediações em vendas de imóveis, colocando em risco a segurança da negociação imobiliária por se tratar de um profissional não habilitado para tal e o desempenho das funções da zeladoria em segundo plano.

Apesar dos relatos acima, gerir um condomínio de praia é muito gratificante pela diversidade de pessoas e cultura que encontramos nestes condomínios. Quando se usa da experiência e qualificação para a função de sindico, tudo fica mais fácil, pois uma gestão eficiente gera benefícios para os condôminos e todo o mercado condominial, que ganha com a expertise deste profissional.

(Fonte: CondomínioSC)

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